Minha amiga gameleira

Olha a gameleira da minha infância. Fica em Minas, num pedaço lindo de chão. Na estrada do Darquim ou Mata Burro. Encontrei-a aqui em Aracaju, no orkut da minha irmã Karen, do mesmo jeito que a deixei. Doce surpresa!
Grande árvore de muitas outras infâncias, de ontem, de hoje e sempre. Continua lá, toda frondosa, enfeitando a curva do caminho. Fica muito longe, muito perto, aqui, do lado de dentro. Naquele tempo distante, era brinquedo da gente, crianças livres de qualquer medo e cheias de toda coragem. No interior somos criados assim, nesta total liberdade de ir e vir. Nosso brinquedo era ponto de referência das brincadeiras. Vamos correr até à gameleira para ver quem ganha? Engraçado. Virou referência da vida. Gameleira misteriosa, mágica. O saci mora ali mesmo Sr Antônio? Conta mais outra história. Parada obrigatória para descansar ao longo do caminho. Quantas e quantas vezes abriguei-me em seus galhos confortáveis! Servia de acalanto para os dias mais difíceis, confidente para muitos segredos, testemunha de muitos amores.
Oh gameleira! Amiga, você enriqueceu minha vida, tantas histórias já contaram a seu respeito: de assombrações nas noites escuras e que tens até poder de cura. Sei que você sabe, que só pode ser verdade!